Reajuste do Diesel e Alta do ICMS: O Peso no Bolso e na Mesa dos Brasileiros

Reajuste do Diesel e Alta do ICMS: O Peso no Bolso e na Mesa dos Brasileiros

A gente já esperava que os preços dos combustíveis fossem subir, mas agora, com o reajuste do diesel e a alta do ICMS, o impacto vai além do que pagamos na bomba. Isso reflete diretamente no preço dos alimentos, dos produtos que chegam até nós e, no fim das contas, no custo de vida de todo mundo.

A partir de 1º de fevereiro, o ICMS sobre o diesel terá um aumento de R$ 0,0565 por litro, passando para R$ 1,12. Já a gasolina, que também não escapa desse reajuste, terá um acréscimo de R$ 0,0979 por litro, chegando a R$ 1,47. Pode parecer pouco, mas, na prática, isso significa que o transporte de cargas fica mais caro e, com isso, os preços dos alimentos e outros produtos também sobem.

Os caminhoneiros, que já lidam com margens apertadas, sentirão esse peso diretamente. O diesel é o combustível que move o transporte de mercadorias no Brasil, e qualquer aumento nele afeta toda a cadeia produtiva. No final das contas, quem paga a conta somos nós, consumidores.

Outro ponto que preocupa é a defasagem dos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. A gasolina no Brasil está R$ 0,37 abaixo do preço global, enquanto o diesel tem uma diferença ainda maior: R$ 0,85 por litro. Isso significa que, mesmo com esse aumento, ainda há espaço para novos reajustes no futuro, o que pode gerar mais pressão inflacionária.

O governo sabe que o momento é delicado, afinal, a inflação dos alimentos já vem pesando no bolso dos brasileiros. Mas, ao mesmo tempo, a Petrobras e os estados também têm suas contas para fechar. Fica o impasse: como equilibrar essa necessidade de reajuste sem prejudicar ainda mais a população?

O que a gente pode esperar? Bem, o impacto desse aumento não deve demorar a aparecer nas prateleiras do mercado. Produtos como arroz, feijão, carne, frutas e legumes vão subir de preço, porque o transporte deles fica mais caro. Além disso, outros setores que dependem do diesel, como transporte público e serviços de entrega, podem ser afetados.

Diante desse cenário, seria fundamental que o governo buscasse alternativas para minimizar os efeitos dessa alta, como subsídios para caminhoneiros, incentivos ao uso de combustíveis alternativos ou até uma revisão da carga tributária sobre o setor. Além disso, há anos se fala na necessidade de investimentos em ferrovias e hidrovias para reduzir a dependência do transporte rodoviário e, assim, diminuir os custos logísticos.

Enquanto isso não acontece, seguimos acompanhando os desdobramentos dessa nova alta e torcendo para que o impacto no bolso não seja tão pesado quanto parece. Afinal, ninguém aguenta mais pagar tão caro para viver no Brasil.

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Michelle Marie