A indústria do luxo está em ebulição com a possível aquisição da Versace pela Prada SpA, em uma negociação estimada em 1,5 bilhão de euros. Atualmente, a Versace faz parte da Capri Holdings, que faturou R$ 5 bilhões em 2023, e, se concretizada, a transação pode ser formalizada ainda este mês.
O mercado de luxo tem sido palco de disputas entre grandes conglomerados como LVMH, Kering, Richemont e a própria Capri Holdings, tornando essa possível aquisição um marco estratégico na consolidação do setor.
Para Gustavo Biglia, especialista em Direito Societário, essa movimentação pode acelerar ainda mais a concentração de marcas de prestígio nas mãos de grandes grupos, tornando marcas independentes alvos atrativos para investidores.
No Brasil, o impacto pode ser significativo. Segundo Fernando Canutto, também especialista na área, marcas nacionais podem ganhar visibilidade no cenário global ao aprimorar suas operações e governança, tornando-se mais atraentes para investidores internacionais.
Um exemplo desse movimento no mercado brasileiro foi a fusão entre o Grupo Soma e Arezzo, criando um conglomerado de R$ 12 bilhões. Esse tipo de estratégia pode se tornar ainda mais comum caso a Prada concretize a aquisição da Versace, incentivando marcas locais a se fortalecerem por meio de fusões e aquisições (M&A).
O setor de luxo segue em transformação, e essa possível transação entre Prada e Versace pode redefinir o futuro das grandes marcas, tanto globalmente quanto no Brasil.