Uma das atrações da FuturePrint é o Fórum FutureTêxtil, que oferece em todos os dias do evento uma programação de palestras gratuitas sobre diversos aspectos a partir dos temas Design de Estampas Voltado para a Produção, Tendências e Tecnologias para a Indústria Têxtil, Estamparia Digital e Diversificação de Negócios no Têxtil. Além das palestras com abordagens práticas e técnicas para aumentar a eficiência nos processos de impressão digital em tecido, o público tem a oportunidade de tirar dúvidas com especialistas sobre tipos de impressões disponíveis e suas aplicações para iniciar ou ampliar sua estamparia têxtil digital.
Sustentabilidade na estamparia é uma temática que permeia a programação do Fórum. “Há uma atenção muito grande à sustentabilidade e à adoção de sistemas mais limpos de impressão em tecido. Por isso, os temas do Fórum são muito oportunos para o momento que vivemos, principalmente diante da alta necessidade de termos processos sustentáveis, que garantam um futuro melhor para o planeta e para as pessoas”, analisa o Diretor técnico da ArtZone Arte & Tecnologia Herculano Ferreira, um dos curadores do Fórum FutureTêxtil.
“ESG no mercado da moda: boas práticas e competitividade” foi o tema abordado no Fórum pela cofundadora e diretora de marketing do Instituto Brasileiro de Moda (IBModa) Luciane Robic, que detalhou o que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e qual a importância dessa agenda na indústria da moda, destacando como a tendência do consumo consciente e sustentável tem estado cada vez mais presente no comportamento dos consumidores. “Este é um momento de tomada de ação para que possamos promover a mudança no processo produtivo”, afirmou Robic.
Para a palestrante, ambientes como a FuturePrint são um espaço promissor para reflexões importantes sobre o processo produtivo na indústria têxtil. “A FuturePrint, além de apresentar as principais inovações no mercado e movimentar os negócios do setor, promove conhecimento, compartilhamento, networking e formas de repensarmos processos de produção de produtos e serviços a fim de incrementar valor para nossos usuários”, declarou Luciane.
As etapas da produção na estamparia digital também foram abordadas no Fórum FutureTêxtil, desde a pesquisa de tendências até o desenvolvimento dos projetos. A designer de superfícies e estampas exclusivas Camilla Bologna tratou de tendências no processo de estamparia digital, novas formas de produzir e a transformação desse mercado. “Há uma tendência de estampas ultracoloridas, com diversos efeitos visuais, e o desenvolvimento de estampas a partir da modelagem, o que confere à peça um aspecto mais elaborado, original e único. As marcas querem os efeitos visuais que a estamparia digital oferece e esse setor está crescendo 15% a cada ano”, informa.
Novidades no setor têxtil
Os visitantes desta edição da FuturePrint encontram diversos lançamentos e inovações apresentados pelas empresas expositoras.
A Delta Máquinas, presente pela primeira vez na feira FuturePrint, trouxe para o evento o equipamento Calandra, que proporciona uma padronização da termotransferência, conferindo alta qualidade na finalização da estamparia. Além disso, conta com um sistema especial de aquecimento que possibilita temperatura uniforme em toda a circunferência do cilindro térmico. “É uma solução de automação que alinha não só agilidade, mas qualidade em todo o processo, com uma padronização essencial para a indústria da moda”, descreve Fábio, da Delta Máquinas Têxteis. A máquina pode ser utilizada tanto para a sublimação em rolos quanto em peças cortadas e seu sistema de aquecimento e resfriamento é automatizado. Possui ainda opções de ajustes de temperatura, metragem e velocidade, contendo diversos dispositivos para garantir total aderência ao processo produtivo das empresas”, descreveu.
Para o mercado têxtil, a Epson apresenta no evento exemplares das impressoras de sublimação Epson SureColor F6370, a avançada Epson SureColor F10070H, equipada com seis cabeças de impressão, além da Epson SureColor F9470H, capaz de imprimir com cores fluorescentes. Na modalidade de impressão direta sobre peças prontas, a empresa oferecer duas opções de equipamento: a Epson SureColor F3070 e a Epson SureColor F2100.
A Kornit – Global Química/Grupo Bloom destaca soluções que proporcionam o desenvolvimento de novos conceitos de negócios. “Junto a parceiros de renome global, estamos mostrando aos visitantes máquinas e insumos alinhados com alta tecnologia e sustentabilidade. São sistemas que proporcionam produção on demand, ou seja, a rápida impressão sem necessidade de estoque, com maior aproveitamento de tintas e zero desperdício. A redução do uso de água nos processos é outro destaque das nossas soluções. Promovemos a impressão limpa, de alta qualidade e definição, e altamente funcional, trazendo agilidade e lucratividade para os negócios”, destaca o gerente de Marketing e Inteligência de Mercado do Grupo Bloom, Felipe Simeoni.
Em sua primeira participação na FuturePrint, a Falcon Têxtil lança no evento a Linha ECO de tecidos esportivos inteligentes, produzidos com matéria-prima sustentável, mais especificamente fios reciclados a partir de garrafas PETs. “Trata-se de um desenvolvimento que exigiu amplo trabalho de pesquisa e inúmeros testes que resultaram na produção de tecidos esportivos com alto valor agregado e qualidade premium, que contribuem diretamente para a melhora da performance de atletas e esportistas, além da beleza das tramas, toque macio, bom caimento e alta aceitabilidade à sublimação”, segundo o CEO da Falcon, Fábio Oliveira.
A ROQ International está presente na FuturePrint com três lançamentos para o setor têxtil: a ROQ NEXT, máquina automática de impressão serigráfica, que traz qualidade, registro, versatilidade e velocidade, características que servem de base para uma máquina de excelência; a ROQ Fold, que dobra qualquer peça de vestuário, flexibilidade obtida por meio de três estações de dobragem: mangas, corpo e dobragem final, com velocidade de processamento de 700 peças/hora, uma das mais rápidas do mercado. E a máquina de embalar ROQ PACK, concebida para diferentes tipos de peças de vestuário, que recebe a peça dobrada e produz um saco completo a partir de dois rolos de plástico.
Acrílico e economia circular
O espaço do Fórum FuturePrint recebeu, no terceiro dia do evento, os debates e palestras sobre o setor de comunicação visual em acrílico e seus avanços tecnológicos. As chapas acrílicas são usadas em muitos projetos, como painéis decorativos, displays, maquetes arquitetônicas, viseiras de segurança, artefatos de decoração, entre outros. Em 2021, o volume comercializado de chapas acrílicas no País chegou a 10.630 toneladas.
O executivo do Instituto Latinoamericano do Acrílico (ILAC) João Orlando Vian abriu o Fórum com a palestra “A função do acrílico na economia circular no pós-pandemia”, que contextualizou o atual momento dessa indústria. “Há cerca de 8 anos o mercado está muito estável. Houve um crescimento por conta da pandemia para a produção de barreiras de separação, mas, no geral, o mercado apresenta estabilidade”, explicou.
“A redução do número de lojas físicas é uma realidade diante do aumento das vendas on-line. Por outro lado, o mercado apresenta um crescimento na utilização de móveis corporativos em acrílico. Estes fatores reunidos fazem com que o setor se mantenha estável”, afirmou.
Vian apontou que 60% do consumo do acrílico brasileiro é feito pelo mercado da comunicação visual. “Por isso, destaco a importância deste debate durante a FuturePrint para gerar maior conexão entre estes mercados”, salientou.
Segundo João Orlando Vian, o acrílico possui pontos bastante favoráveis à economia circular, que vai além de ações de gestão de resíduos e reciclagem, redesenhando processos, aumentando a eficiência e desenvolvendo novos modelos de negócios. “A reciclagem no Brasil ganha muita força e é um importante viés econômico não somente da indústria de plástico, como especificamente do acrílico. Cerca de 25% do acrílico usado no país é reciclado. A economia circular já faz parte do dia a dia da nossa indústria”, frisou.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) apresentados pelo executivo do ILAC, foram recicladas 1,3 mil toneladas de plástico de forma mecânica, sendo PET o principal deles. Cerca de 18% de todo o plástico consumido é reciclado.
“Existem atualmente nove produtores de chapas acrílicas sustentáveis no Brasil, produzindo cerca de 1.3 toneladas anuais, ou seja, 12% do acrílico consumido”, informou Vian, complementando que o setor consegue produzir um quilo de chapa acrílica reciclada com 2 quilos de sucata.
Sobre a FuturePrint
Acompanhando a evolução e integrando as soluções e tecnologias de impressão nos mercados de serigrafia, sign e têxtil, a FuturePrint reposicionou-se em 2019 com sua nova marca. A feira, que antes era conhecida como Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, agora possui maior foco em pessoas, inovações e na entrega de valor.
Confira a programação completa da FuturePrint 2022 no site https://www.feirafutureprint.com.br/pt/atracoes-futureprint-2022.html.